A Comarca de Catarina se reuniu nesta quinta-feira, 17,
para mais uma sessão do Tribunal do Júri, realizada nesta cidade, onde sentaram
no banco dos réus, Cleiton Soares de Araújo e José Roberto Chaves, acusados de homicídio
contra a vítima Marcos Martins de Lima, fato ocorrido em 19 de setembro de 2015,
na localidade de Camelo – distrito de São Gonçalo.
Foto reprodução: Diomar Araújo. |
O Júri presidido pela meritíssima
juíza Dra. Anne Carolline Fernandes Duarte iniciou por volta das 9 horas e
encerrou às 22 horas.
Com presença da polícia militar e
plenário lotado, o julgamento começou com o depoimento de duas testemunhas que estavam
no local do fato, no dia do ocorrido, o Sub Tenente da Polícia Militar, Fenício
Marcos Galdino Martins e Francisco Mauro César Teixeira de Oliveira. Mauro foi preso na época do fato,
mas foi absolvido na decisão de pronuncia, sendo arrolado apenas como testemunha
do fato. Em seguida o depoimento dos
réus.
Durante as narrativas, foi
informado que no dia 19 de setembro os denunciados
estavam ingerindo bebida alcoólica, na companhia
do Sub Fenício, no Bar do Nogueirão desde as 13 horas. Em seguida, Fenício,
Mauro, Cleiton e Zé Roberto saíram juntos num veículo Fiat Punto amarelo para a
localidade de São Gonçalo – zona rural de Catarina, cujo objetivo era ir para o sítio Camelo, onde acontecia uma vaquejada. Depois
de parar num bar na localidade de São Gonçalo, a vítima teria pedido uma carona
até a vaquejada sendo aceito pelos denunciados. No veículo estavam Mauro
(motorista) e Zé Roberto (acompanhante do banco dianteiro) e nos bancos de traz
estavam Cleiton (lado esquerdo), Marcos no
meio e Fenício (lado direito).
Segundo os denunciados, no trecho
São Gonçalo – Camelo teria ocorrido um desentendimento entre Cleiton e Marcos e
com isso Zé Roberto teria reclamado os dois. Marcos não teria gostado e teria
agredido Zé Roberto que estava armado com revolver e efetuou dois disparos na
vítima dentro do carro, vindo a óbito. Fora do veículo teria ocorrido outros disparos e o corpo
deixado as margens da estrada num matagal. Após o fato, Fenício saiu do local e
comunicou o fato a polícia militar que fez
o deslocamento para aquela região e efetuou a prisão e flagrante dos acusados.
Durante as explanações de
acusação e defesa, o Ministério Público,
representado pelo promotor Dr. Alexandre Paschal Konstantinou, pediu para a condenação dos réus e a defesa representada pelos advogados
tauaenses, Dr. José Viana de Abreu e Dr. Felipe Viana, pai e filho
respectivamente, apresentou a tese de Legítima Defesa ao réu José Roberto e a
tese de Crime Impossível em relação a Cleiton Soares.
Ao final, foi proferida a sentença,
e por maioria de votos, o Conselho de Sentença absolveu os réus pelo crime de homicídio
qualificado, garantindo-lhes a liberdade.
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