quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Deputado Odorico Monteiro relatará processo de cassação de Bolsonaro.

Odorico Monteiro (Foto: Reprodução/TV Mirante)
 Foto: Reprodução/TV Mirante
O deputado federal Odorico Monteiro (PROS-CE) será o relator do processo disciplinar que tramita no Conselho de Ética da Câmara que pode culminar na cassação do mandato do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A escolha de Monteiro foi divulgada pela assessoria do colegiado na tarde desta quarta-feira (17).Monteiro foi um dos três deputados sorteados na semana passada para relatar o caso. Além do parlamentar do PROS, integravam a lista tríplice os deputados João Carlos Bacelar (PR-BA) e Silas Câmara (PRB-AM). Odorico Monteiro terá até 10 dias úteis para apresentar um relatório preliminar indicando se há indicios suficientes para investigar o deputado do PSC. A previsão é de que ele entregue o parecer no dia 31 de agosto, informou a assessoria do Conselho de Ética.

Coube ao presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), escolher relator do processo disciplinar de Bolsonaro.O deputado do PSC foi acusado pelo PV de ter quebrado o decoro parlamentar ao reverenciar o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ulstra – que morreu em 2015 – durante a votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara.

Ustra foi o primeiro militar brasileiro a responder por um processo de tortura durante a ditadura (1964-1985). Durante o período em que ele chefiou o DOI-Codi, de 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974, foram registradas, ao menos, 45 mortes e desaparecimentos forçados, concluiu relatório da Comissão Nacional da Verdade.

De acordo com a representação apresentada pelo PV, a referência de Bolsonaro à memória do coronel constitui uma “verdadeira apologia ao crime de tortura”.

Foram necessários três sorteios para que fosse definido o relator do processo disciplinar de Jair Bolsonaro. Na primeira tentativa, foram sorteados dois deputados do PT. No entanto, como o parlamentar do PSC havia feito uma menção direta a Dilma no episódio que motivou a representação de quebra de decoro parlamentar, o presidente do Conselho de Ética preferiu não escolher parlamentares do mesmo partido da presidente afastada.

No segundo sorteio, foram escolhidos dos deputados egressos das Forças Armadas. Como Bolsonaro também é militar, Araújo optou pela realização de um terceiro sorteio, que acabou ocorrendo na semana passada.


Fonte: G 1 Ceará.

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