quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Governo dá 48 horas para plataformas digitais removerem anúncios de cigarros eletrônicos.

O Conselho Nacional de Combate à Pirataria e aos Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), deu 48 horas para YouTube, Facebook, Instagram, Mercado Livre e outras plataformas de e-commerce tirarem do ar conteúdos de cigarros eletrônicos. A notificação alega que a comercialização desses dispositivos é proibida no Brasil, mas há ofertas irregulares na internet.

— Estamos atuando de forma contínua e firme para coibir a comercialização e a divulgação de produtos proibidos no Brasil. Nosso compromisso é garantir que a legislação brasileira seja cumprida no ambiente on-line e que práticas ilícitas não coloquem em risco a população — justifica o secretário Wadih Damous.

As empresas notificadas ainda deverão apresentar, em até dez dias úteis, relatórios de providências, com registro das remoções, bloqueios de contas, métricas de moderação e novos controles.

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda dos vapes, como também são chamados os cigarros eletrônicos, no país. Por isso, o CNPC também solicitou esclarecimentos formais ao YouTube sobre a manutenção de vídeos sobre os dispositivos em sua plataforma, mediante restrição etária para maiores de 18 anos.

Procurados, YouTube e Meta (responsável por Facebook e Instagram) não comentaram a notificação. Mercado Livre, por sua vez, confirmou que é proibida a venda de cigarros eletrônicos e produtos com nicotina na sua plataforma. E informou que, após tomar conhecimento do pedido da Senacon, removeu prontamente os anúncios indicados, aplicando as devidas penalidades aos vendedores.

O marketplace ainda indicou que atua rapidamente diante de denúncias, que podem ser feitas por qualquer usuário por meio do botão “denunciar” existente em todos os anúncios da plataforma.

Ceará Agora.

Nenhum comentário: